AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE TÓXICA E DO PERFIL FITOQUÍMICO DO EXTRATO ETANÓLICO DAS FOLHAS DE OCIMUM GRATISSIMUM (ALFAVACÃO)
Resumo
Durante o processo de evolução, o homem primitivo buscou na natureza alternativas para adaptação ao meio e condições para a sobrevivência. Necessidades básicas como nutrição, reprodução e proteção foram sendo descobertas intuitivamente e aprimoradas por meio de experiências, desta forma foi constatado o potencial das plantas para tratamento de doenças. Várias plantas utilizadas no tratamento de doenças sem nenhuma comprovação científica serviram de base para a busca do isolamento de compostos bioativos. A espécie Ocimum gratissimum L. (Lamiaceae), conhecida popularmente como alfavaca, alfavacão, alfavaca-cravo ou manjericão doce, é um subarbusto aromático encontrado em todo o território brasileiro, utilizada na medicina popular principalmente como: banhos antigripais, no tratamento de casos de nervosismo, em chás para redução dos gases intestinais, diuréticos e no tratamento da gonorreia. O presente trabalho apresenta o ensaio de toxicidade frente ao microcrustáceo Artemia salina Leach e o estudo fitoquímico do extrato etanólico obtido das folhas de Ocimum gratissimum. A coleta foi do material vegetal foi realizado na cidade de Anápolis-Goiás, as folhas passaram por um processo de triagem e limpeza. A obtenção do extrato se deu através dos processos de: secagem, trituração, maceração, filtração e concentração em banho maria. O extrato mostrou-se ativo frente aos naúplios de A. salina, com DL50 = 462,5 μg. mL-1 sendo considerado tóxico. A prospecção fitoquímica constatou a presença de taninos catéquicos, esteroides e triterpenoides, depsídios e depsidonas, flavonas, flavonóis e xantonas, a presença dessas substâncias podem indicar ações farmacológicas, tais como: antinflamatórias, antivirais, antioxidantes, antidepressivas e até mesmo antitumorais.